Metodologia

Concebido por Letieres Leite, o Método Universo Percussivo Baiano (UPB) é fruto de mais de 30 anos de estudos sobre a presença sonora de elementos de matriz africana na música produzida na diáspora negra nas Américas e, particularmente, no Brasil. O maestro e educador sistematizou ferramentas de ensino tendo como diretriz e base o legado musical constituído pelas populações negras nas diásporas africanas e a consciência de que a música popular brasileira se estrutura a partir das suas raízes negras. 

O ensino de música proposto se debruça sobre as complexas e sofisticadas estruturas musicais dos gêneros de matrizes africanas para compreender e reestruturar a compreensão (prática e teórica) da musicalidade brasileira, tão amplamente dominado por preceitos eurocêntricos. Esta proposta de educação musical parte da identificação e análise do que aqui chamamos de “clave”, a célula rítmica básica fundamental ao redor da qual são construídas as variações sonoras que identificam muitos dos gêneros musicais popularizados pela indústria da música e cuja origem remonta aos toques dos terreiros de candomblé e dos afoxés. 

“A proposta é estudar a música popular de todos os gêneros, do choro, samba e baião, com um aprofundamento nas questões rítmicas. E uma das maneiras mais seguras é nos apoderarmos das ferramentas e formas de como essa música é praticada na sua origem, dentro do terreiro, nas ruas, nos blocos; trazer essa tecnologia e metodologia para dentro dos lugares de estudo. Porque a música de cultura africana tem um rigor científico sim, só que dentro de outras normas”, explica Letieres.

Ao jogar luzes sobre o legado dos ritmos de matriz africana na própria constituição da música brasileira, o UPB vai além do ensino técnico de claves rítmicas, estimulando a troca de conhecimentos que forneçam sentidos e signos para produção de novas lógicas de representação, autodeterminação e pertencimento para população negra.

Sempre em movimento, e a fim de experimentar a troca de tecnologias musicais disruptivas, o método segue correndo mundo. Atualmente, além de aplicado no programa social Rumpilezzinho, o método serve como objeto de pesquisa de publicações acadêmicas na UFBA e UFRB e também integra parte do debate sobre o pensamento e ensino de música no Brasil e exterior, figurando como referência em importantes espaços/organismos da música, como Orquestra Jovem Tom Jobim (São Paulo), Artur O’Farril & AfroLatin Jazz Orchestra (EUA/México) e Berliner Junged Jazz Orchestrer (Alemanha), entre outros.


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